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Ambiente
Pacto português reduziu plásticos de uso único em 61 toneladas num ano
17 Fevereiro 2023
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Em 2020, 4% das embalagens e itens colocados no mercado pelos membros do Pacto Português para os Plásticos (PPP) eram plásticos de uso único considerados problemáticos e/ou desnecessários, percentagem que passou para 3% em 2021, representando uma redução de 61 toneladas face ao ano transato.

 

Esta redução "aproxima-nos da meta dos 0% traçada para 2025”, salienta Patrícia Carvalho, coordenadora do Pacto Português para os Plásticos, a propósito da divulgação do 2.º relatório de progresso da iniciativa lançada em fevereiro de 2020.

 

O Electrão integra o grupo de 46 membros efetivos do PPP, que incluem produtores e distribuidores de matérias-primas, indústria, marcas, retalho, entidades gestoras, operadores de gestão de resíduos, recicladores. O PPP conta ainda com outros 65 elementos institucionais, como universidades, centros de investigação e associações.

 

Em relação aos “plásticos de uso único considerados problemáticos e/ou desnecessários”, o relatório assinala uma “redução de 92% relativa às embalagens em PVC face ao ano anterior”, bem como a eliminação de diversos artigos, como copos em EPS (plástico celular rígido) e XPS (esferovite) e cotonetes com bastão de plástico, entre outros.

 

Face ao objetivo de até 2025 colocar no mercado apenas embalagens 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis, o relatório indica que a percentagem aumentou cinco pontos percentuais entre 2020 e 2021 (de 52% para 57%), adiantando que tal “corresponde a um crescimento de 10%”, o que é considerado “um resultado positivo”.

 

O relatório indica igualmente que, em 2021, em média, foi incluído “11% de plástico reciclado nas embalagens em plástico colocadas no mercado pelos membros do PPP”, a mesma percentagem do ano anterior, sendo o objetivo “incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens” deste material até 2025.

 

O PPP, que pretende colocar um ponto final na poluição de plástico, através de uma transição para uma economia circular, é liderado pela Associação “Smart Waste Portugal” e pertence à “Plastics Pact Network” da iniciativa “New Plastics Economy”, da Fundação Ellen MacArthur, que une 12 iniciativas similares em diferentes partes do mundo.

 

A “Associação Smart Waste Portugal”, fundada em 2015, com mais de 100 associados comprometidos com as ações estratégicas da economia circular, é uma plataforma de investigação, desenvolvimento e inovação, juntando partes ligadas ao setor.

 

A “Fundação Ellen MacArthur”, criada em 2010, tem como objetivo acelerar a transição para uma economia circular.

 

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